Raul Brandão faz hoje* 150 anos.
Aillaud & Bertrand: Paris /
Lisboa; p. 23.
Para
recordar e/ou ler e/ou ser (melhor) informado:
«[…] Entrevendo as conclusões da
psicanálise, o A. descobre com “espanto” ingénuo (atitude tìpicamente
brandoniana) que no homem coexistem um eu social, superficial, o das
conveniências – máscara de comediantes – e um eu
abissal, o autêntico, o do egoísmo vital – “um poço sem fundo”, zona de
obscuridade. O fantástico brandoniano resulta dessa intuição duma
super-realidade no seio das coisas vulgares e familiares que o A. descreveu com
um realismo caricatural na Farsa e no
Húmus, a sua obra-prima, em que nos
faz assistir ao Génesis desse mundo turbilhonário das realidades ocultas,
exemplificadas por “velhos hábitos, misérias crónicas, gritos, exaspero”
recalcados, um conjunto a que a imaginação genial do A. dá forma sobrerrealista
duma catedral, “a catedral do fel e vinagre”. […]»
T[úlio] R[amires] F[erro], «Brandão,
Raul Germano»
Em Jacinto do Prado COELHO (dir.), 19783: Dicionário de Literatura. (Vol. 1).
Porto: Figueirinhas;
p. 122.
NB1 - As
fotografias da Poeta foram colhidas em Google+ / Imagens / Raul Brandão.
NB2 - Respeitadas grafia e pontuação das edições
consultadas.
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