IV. Frutos da Terra e do Homem
Todos os dias são da poesia e sua partilha, como pão nosso de cada dia.
JORGE VELHOTE
TRÊS
POEMAS
do
livro
É FRIA A ÁGUA NA ESCURIDÃO DOS POÇOS
(Inédito)
Jorge
Velhote, Porto, Maio 1954.
Crê que ao olhar se
devolve o trânsito da imaginação, restos e fragmentos da natureza, a
proximidade dos espelhos, do abismo onde se despenha a solidão e se crava o
fulgurante punhal da memória. Cada poema, cada fotografia, desnuda nocturno os
vestígios urdidos em cenário e emerge mundo reflectido pela amplificação dos
seus sinais. Nesse tumulto perpassa o recolhimento entre luz e sombra, o ímpeto
cintilante das águas, a metamorfose dos enigmas e dos segredos. O que para além
das palavras se declina elevando-se essência de claridade: Atrito de Gotas (em colaboração); Os Sinais Próximos da Certeza;
Hermeneutical Studies; Os Mapas Sem Fronteiras Sufocam Os Lugares; Máquina de
Relâmpagos; Pele; Narrativa da Foz Do Douro; Luz Plural (em colaboração).