sábado, 31 de janeiro de 2015




IV. Frutos da Terra e do Homem


                           Todos os dias são da poesia e sua partilha, como pão nosso de cada dia.

                                           Luís de Montalvor faz hoje 124 anos.
































NB1 - A primeira fotografia foi colhida em Google+ / Imagens / Luís de Montalvor. A segunda, que acompanha o poema, encontra-se na edição consultada, donde foi digitalizada.
NB2 - Foram respeitadas a grafia e pontuação da edição consultada.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015




NB - Publicado depois, sem título, com a numeração «18.», e ligeiras alterações de redação, em o rosto, Leça da Palmeira, Eufeme, n.º 14 da coleção «Poetas da Eufeme», 2018, p. 30. 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

IV. Frutos da Terra e do Homem


                        Todos os dias são da poesia e sua partilha, como pão nosso de cada dia.

                            António Feliciano de Castilho faz hoje 215 anos.



NB - Retratos do poeta colhidos em Google+ / Imagens / António Feliciano de Castilho.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015




Publicado, depois, sem título, em estes cantares fez & som escarnhos d'ora. Ed. A. / Viana do Castelo, 2105/2016, p. 35.

IV. Frutos da Terra e do Homem


                        Todos os dias são da poesia e sua partilha, como pão nosso de cada dia.

                                        Afonso Lopes Vieira faz hoje 137 anos.



NB- Retratos do poeta colhidos em Google+ / Imagens / Afonso Lopes Vieira.

domingo, 25 de janeiro de 2015

I. Poesia em livro

Todos os dias são da poesia e sua partilha, como pão nosso de cada dia.

[Continuação do post anterior, dentro da mesma rubrica.]


sábado, 24 de janeiro de 2015

IV. Frutos da Terra e do Homem


                          Todos os dias são da poesia e sua partilha, como pão nosso de cada dia.

                             António Manuel Couto Viana faz hoje 92 anos. 




NB- O retrato e a caricatura do poeta foram colhidos em Google+ / Imagens / António Manuel Couto Viana.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015





Publicado, depois, sem título e com alterações, em estes cantares fez & som escarnhos d'ora. Ed. A. / Viana do Castelo, 2105/2016, p. 11.



Obs. - O inseto  que ilustra o exercício poético foi colhida em Google+ / Imagens / Louva-a-deus. 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015




Publicado, depois, sem título, em estes cantares fez & som escarnhos d'ora. Ed. A. / Viana do Castelo, 2105/2016, p. 12.



Obs. - A «gralha do campo» que ilustra o exercício poético foi colhida em Google+ / Imagens / Gralha. 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

IV. Frutos da Terra e do Homem


                                       Todos os dias são da poesia e sua partilha, como pão nosso de cada dia.

                                          Eugénio de Andrade faz hoje 92 anos.



NB1 - O retrato do Poeta que acompanha o poema é da autoria do escultor Jorge Ulisses, original publicado, pela primeira vez, em Mealibra - Revista de cultura, do CCAM, n.º 1, agosto de 982, p.13. A fotografia foi colhida em Google+ / Imagens / Eugénio de Andrade.

NB2 - Na transcrição do poema, foi respeitada a grafia da edição consultada.

domingo, 18 de janeiro de 2015





Publicado, depois, sem título e com alterações, em estes cantares fez & som escarnhos d'ora. Ed. A. / Viana do Castelo, 2105/2016, pp. 51-52.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

I. Poesia em livro

Todos os dias são da poesia e sua partilha, como pão nosso de cada dia.

[Continuação do post anterior, dentro da mesma rubrica.]





   [Continuará]


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015



a mesma rosa encarnada
que todas as manhãs
ternamente deposito
no vale dos teus seios


colho-a ainda em botão
no sol dos teus olhos
levemente entreabertos
pelo doce orvalho da noite

david  f. rodrigues
viana, 06-01-2015

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

IV. Frutos da Terra e do Homem




Publicado, depois, sem título e algumas alterações, em estes cantares fez & som escarnhos d'ora. Ed. A. / Viana do Castelo, 2105/2016, p. 39.


domingo, 11 de janeiro de 2015

IV. Frutos da Terra e do Homem






ELOGIOS / ELEGIAS
(Novo livro de poemas de Cláudio Lima)



Alguns dias antes do último Natal, o poeta Cláudio Lima ofereceu-nos uma nova coletânea de poemas: Elogios/Elegias, com pref. de Vítor Aguiar e Silva, e chancela da Editora Labirinto (Fafe).
O livro é constituído por 38 poemas. Como o título indica, o poeta homenageia, no seu conjunto, uma trintena de nomes importantes, sobretudo da literatura, mas também das artes plásticas, da música (erudita e popular), da religião, da filosofia e da ciência, portugueses e estrangeiros, que nos deixaram com obra de reconhecido mérito e que se findaram, na sua grande maioria, durante o séc. XX.
Os nossos poetas e escritores figuram em maior número (por vezes com mais de um texto): Fernando Pessoa, com suas «insónias / heterónimas» [p. 22] e o amor por Ofélia, «tão breve / quase sem tempo», bem como Ricardo Reis e seus instantâneos sentidos [p. 23]. Camilo Pessanha, é «pescador de pérolas doentes» que tem «o condão / de despertar metáforas e mitos». [p. 25] O elogio a Miguel Torga é feito na primeira pessoa, isto é, a voz do sujeito poético é a do escritor coimbrão, numa espécie de testemunho literário: «a/ obra inteira falará por mim.» [p. 29]  Sophia [de Mello Breyner Andresen] é a voz onde «o verbo se arrepende de ser neutro / e revela tudo quanto sabe.» [p. 30] Mas os livros que Eugénio de Andrade semeou «são rastilhos / de pura fraternidade e de perfume» [p. 31], escritos na «gramática límpida e luminosa / do teu [seu] canto.» [p. 32]» Com a morte de David Mourão-Ferreira, «Um denso nevoeiro agora agride / os olhos magoados das gaivotas»; [p. 34], enquanto a morte de Vergílio Ferreira não passou de uma «liturgia de semi-luto nacional» [p. 33]. Mas com a de José Cardoso Pires, «nunca a cidade / em dor e saudade, / se sentiu tão só.» [p. 35] Por outro lado, na morte de Luís Pacheco, «do Príncipe Real / uma embaixada de pombos /veio ao funeral», apesar dos estercos, próprios e alheios. [p. 36] Por fim, Sebastião Alba, que, por dormir ao relento e Carl Sagan já ter morrido, é ele que «fica a mandar nas estrelas». [p. 37]
Dos poetas estrangeiros, Cláudio elogia/elegia Lorca e o «Enorme seu peito aberto / à paixão que nele ardia» [p. 53], Neruda, cuja poesia é «Um coro de vozes contra o medo» [55] e Sylvia Plath, que depois de abrir o gás, meteu «no forno / um rosto póstumo porque rejeitado / e ávido de tantos afetos por provar.» [p. 62]
Nesta lista caberia também o nome de Zeca [José] Afonso que, como se sabe, também foi poeta, apesar de ser mais conhecido como cantor de intervenção: «E era uma voz tão funda / como as raízes da esperança / e era uma voz imensa / vaticinando alvoradas.» [p. 40] Cláudio Lima, neste âmbito, celebra também Amália, a quem pede: «Deixa, rainha sem trono ou diadema, / o timbre cristalino do teu canto» [p. 44]. Em Carlos Paredes, vê que suas mãos são «Aranhas em alvoroço», «tecendo a geometria instável de irrepetíveis melodias» [p. 45]. De António Variações canta a «rebeldia» que nos deixou, mas que «os arquivos do silêncio vão lacrar» [p. 39]. E celebra ainda o centenário de Hilário, cuja voz «perpassa ainda agora / pela Coimbra doutora / em acordes de cristal.» [p. 38]
Dentro da música erudita, recorda «Chopim no Mosteiro de Valdemosa», onde, durante o concerto, uma mulher meditava as unhas. [p. 56] E o jazz também não falta, na elegia que dedica a Louis Armstrong, «uma explosão de alegria  em todos  os silêncios magnéticos ali para os bairros de nova Orleães». [p. 58]
De Soares dos Reis celebra, celebrando-o,  a «nostalgia do «Desterrado», como «sede da pátria por beber» [p. 17], enquanto de Espiga Pinto canta os cavalos, «Quase Pégasos invadindo o mito, / músculo e leveza, altivez em pose» [p. 46]. Picasso segura «Numa só mão / as pontas do arco-íris», e Dalí  os instantes «de génio ou de loucura», ao «sacrificar os relógios sobre as árvores / como condenados pendulares por reincidentes heresias». [p. 61]
Não faltam algumas figuras religiosas: Madalena, aquela que «Indefesa na cama onde me dei,/ celebro em dor de rejeitada amante / as exéquias do amor que idealizei…» [p. 47]; Madre Teresa, num «epitáfio prévio»: «Aqui jaz / o que sobrou / de mim:», ou seja: «no muito que dei aos homens, / no pouco que deixo aos vermes» [p. 51]; e duas elegias a Francisco de Assis, «lúcida consciência da humana condição: / um átomo de cisco / injetado de alma e de razão.» [p. 48]
Faltam referir mais quatro nomes: Agostinho da Silva, português de «nome comum», mas «grande Profeta» que «o Além te elegeu / para traçares a grande linha reta / do sinuoso destino que nos deu.» [p. 26]; e Carl Sagan, cientista astrónomo que, depois de tanto as ter namorado, «Quando as estrelas já eram tuas / fechaste a porta por dentro / e foste fazer amor / com todas elas.» [p. 52] E duas outras figuras da nossa história mítica e lendária são também elogiadas nas elegias de Cláudio Lima: Inês de Castro, símbolo do que a «nossa alma tem / de inditoso e sofrido», no «amor proibido» [p. 19], e [D.] Sebastião, cuja elegia Aguiar e Silva considera, justamente, «um texto antológico». Por isso, com ele termino:


Sebastião


Cortina densa o nevoeiro
Vem repetir a infausta saga
Do Encoberto.

Cai sobre nós como um presságio,
Uma síncope de espera a dilatar-se
Em areais funestos.

Cadáver que os abutres não quiseram
E as nossas lágrimas não puderam
Ungir de eternidade,

Mora na noite altíssima do luto,
Na memória adormecida das idades,
Nos ancoradouros da nossa nostalgia.

Dizem que fanstástico vive algures
E ubíquo em seu corcel
Ensaia a apoteose do regresso. [p. 18]


É com base sobretudo neste poema que o Professor constrói o prefácio de Elogios/Elegias, a que deu o título de «O mito sebástico na poesia de Cláudio Lima». Texto que termina com estas palavras:

«Esta reescrita do mito sebástico, na qual Cláudio Lima recusa, com […] sabedoria poética […], as derivas ideológicas a que o mito tem dado origem, é a elegia de um povo condenado a sofrer hoje mais uma crise brutal no drama secular da sua contingência histórica. Resta a esperança da nostalgia, isto é, do regresso…» [p. 10]



            Convirá, todavia, ter presente que a poesia de Cláudio Lima não é propriamente saudosista e muito menos fatalista. Os nomes que nestas elegias elogia são para o presente e o futuro, como património imaterial da nossa cultura. Nenhum, assim, ficará encoberto, por mais densos que sejam os nevoeiros.


NB1 - O livro traz, no final, uma breve nota biobibliográfica do autor.
NB2 - A fotografia do poeta foi colhida em Google / Imagens / Cláudio Lima, Escritor.