terça-feira, 22 de março de 2016

6 comentários:

  1. Boa! Até um cão tem consciência(digo: puro instinto) de que liberdade não é privilégio, mas direito inalienável de todo o ser vivente. Dizê-lo em simples 4 versos de uma quadra não está ao alcance de um qualquer... Parabéns, David.

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    1. Muito obrigado, Márcia, pelo seu comentário e generoso elogio. Abraço.
      David F. Rodrigues

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  2. É com mestria que, no grande tabuleiro do mundo, revolvendo a profundidade substantiva que cada palavra encerra, o poeta alcandora-se a um estádio estético singular, seu, único, próprio. Neste belíssimo, contundente e arrepiante poema, a liberdade intrínseca e usurpada ao ser humano perpassa, inteira, em apenas quatro versos. David F. Rodrigues recorre à figura personificada do cão preso que, raivoso, recusa aceitar a migalha, oferecida no crepúsculo da vida. Um ato de pura rebeldia e de são orgulho. De desdém e de desprezo, pelo usurpador. Igualmente humano, nu e despido, sem que de tal se aperceba: a mancha total do SER e sua imperfeição. Muito se espera da criação poética-literária deste poeta e escritor.

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    1. Muito obrigado, Margarida Vilarinho, pelo teu comentário a estes meus versos e pela esperança que depositas nas minhas capacidades poéticas. Tudo generosidade tua, como sempre. Mas vou continuar a praticar este difícil exercício de fazer (tentar fazer, pelo menos) arte com palavras, «revolvendo a profundidade substantiva» - como dizes - de cada uma delas, conjugando-as em poemas. Abraço!

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  3. Alegoria da rebeldia como salvação. A rebeldia/ revolta, mesmo se ingloriamente, não deixa o Homem vencido. Mas a resignação passiva, em troca de uma liberdade castradora, pelo ensurdecimento progressivo do ser, é o falhanço completo é irremediável.

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    1. Muito obrigado, Ibel, pelo teu comentário: uma interpretação crítica, lúcida e profunda, da minha breve reflexão/expressão sobre a falta de liberdade e o direito inalienável à sua vivência quotidiana. Nunca será livre aquele que mata a liberdade do outro.

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