hoje quando acordei prometi
não pensar na poesia e sequer
por isso um único verso escrever
ao pass(e)ar porém no jardim da avenida
observei um avantajado e corpulento zangão
penetrar repetidas vezes no fundo gineceu
de uma jovem rosa talvez de alexandria
talvez damascena e nele demorar-se
em serena e plena quietude de prazer
um velhinho adiante sentado no banco
babava os olhos por umas bonitas pernas
de uma menina que usava miniminicalções
seguindo esqueci-me da promessa matinal
desculpem não ter cumprido o bom pensamento
fica para outro momento menos sensual
david f. rodrigues
Pois, isto de o velhinho se babar com a pequena que passa já não é novo em literatura!... :)
ResponderEliminarMuito antes de uma Lianor que ia descalça para a fonte e que deu mote a vilancete, já havia outras que passavam... E mais tarde outras vieram, tendo uma delas dado em canção, disponível aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=z4_i4l2htXk
Afinal, o poeta "babou-se" como o velhinho e fez poema matinal e sensual!
É evidente também que o zangão e a rosa dão muito encanto ao passeio do poeta! ;-)
um beijinho e continuação de boas e sensuais escritas!
IA
Obrigado, Zá, pela sua leitura e opinião crítica, sempre bem-vinda, como sabe. Vou fazer os possíveis por cumprir os votos. Oxalá consiga.
EliminarUm beijinho grato.
daVid