o poeta que falava
pelos cotovelos calou-se
espera agora que a dor
aguda sentida nos ditos
lhe desapareça de vez
com as doses de silêncio
anda contudo isolado cabisbaixo
introvertido talvez
o seu maior desgosto
de vida é um dia ter
de ficar calado para sempre
e com dor de cotovelo
sem poder coçar o olho
david f. rodrigues
viana, 14-10-2014
Publicado depois, sem título, com a numeração, «vi», também em estes escarnhos fez & som d'ora (2015/16). Viana do Castelo: ed./a., «vi», p. 16.
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