Muito bom dia, David! Andei nesta última semana a pôr blogues em dia e a encher os olhinhos com belas palavras sentidas. Gostei muito deste seu poema (gostei muito de outros também!), principalmente porque reflete exatamente o meu sentir relativamente a esse delicado tema que é a posse, inerente ao imperativo e cada vez mais recorrente verbo TER. Vivemos num tempo em que somos cada vez mais aquilo que temos e neste pronome “aquilo” está também incluído o mundo dos afetos: os meus filhos, o meu marido, a minha mulher, o meu amigo, os meus pais… e assim sucessivamente. Isto não deixa de ser em parte verdade, porque, sendo “nossos”, somos também o que eles nos dão e o que nós lhes damos e, consequentemente, somos por eles responsáveis. No entanto, o possessivo de primeira pessoa é uma armadilha, uma ilusão, principalmente, quando se trata de afetos, até porque a primeira condição/regra do Amor é a Liberdade e esta não admite possessivos. Depois, há o fator tempo, presente nos últimos versos deste poema e num outro – “Indomável Predador” - , que bem podia aparecer ao lado de uns tantos do heterónimo pessoano Reis. De facto, este indomável predador traga-nos e, nessa voragem, consome-se e leva-nos todos os possessivos de primeira pessoa e, com eles, a memória.
Gostei muito, David, deste seu (que já é de muitos) poema! Muito obrigada e continuação de boas palavras poéticas! Beijinho, Isaura
PS: O meu comentário está cheiinho de conjunções copulativas. Os aditivos também dariam belíssimo mote!
Muito obrigado, Isaura, pelo seu comentário a este meu poema e, por também a ele se referir, ao poema «indomável predador». A sua opinião, sobre os meus textos, é, como sabe, sempre tido em muito apreço por mim. Espero continuar a ouvir a sua voz crítica. Com um beijinho, o amigo daVid
Muito bom dia, David!
ResponderEliminarAndei nesta última semana a pôr blogues em dia e a encher os olhinhos com belas palavras sentidas. Gostei muito deste seu poema (gostei muito de outros também!), principalmente porque reflete exatamente o meu sentir relativamente a esse delicado tema que é a posse, inerente ao imperativo e cada vez mais recorrente verbo TER.
Vivemos num tempo em que somos cada vez mais aquilo que temos e neste pronome “aquilo” está também incluído o mundo dos afetos: os meus filhos, o meu marido, a minha mulher, o meu amigo, os meus pais… e assim sucessivamente. Isto não deixa de ser em parte verdade, porque, sendo “nossos”, somos também o que eles nos dão e o que nós lhes damos e, consequentemente, somos por eles responsáveis. No entanto, o possessivo de primeira pessoa é uma armadilha, uma ilusão, principalmente, quando se trata de afetos, até porque a primeira condição/regra do Amor é a Liberdade e esta não admite possessivos. Depois, há o fator tempo, presente nos últimos versos deste poema e num outro – “Indomável Predador” - , que bem podia aparecer ao lado de uns tantos do heterónimo pessoano Reis. De facto, este indomável predador traga-nos e, nessa voragem, consome-se e leva-nos todos os possessivos de primeira pessoa e, com eles, a memória.
Gostei muito, David, deste seu (que já é de muitos) poema!
Muito obrigada e continuação de boas palavras poéticas!
Beijinho,
Isaura
PS: O meu comentário está cheiinho de conjunções copulativas. Os aditivos também dariam belíssimo mote!
Muito obrigado, Isaura, pelo seu comentário a este meu poema e, por também a ele se referir, ao poema «indomável predador». A sua opinião, sobre os meus textos, é, como sabe, sempre tido em muito apreço por mim. Espero continuar a ouvir a sua voz crítica.
EliminarCom um beijinho, o amigo
daVid
Uma imaginação inesgotável, brilhante. Tocas em assuntos sérios, com uma graça inusitada.
ResponderEliminarUm grande abraço.
Muito obrigado, I(sa)bel! Um abraço para ti e outro para o António!
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