IV. Frutos da Terra e do Homem
Todos os dias são da poesia e sua partilha, como pão nosso de cada dia.
A. M. PIRES CABRAL
{Caricatura do Poeta por Santiagu [António Santos]}
(2015
– Inédito)
A. M. Pires
Cabral
A[NTÓNIO]
M[ANUEL] PIRES CABRAL nasceu em Chacim, Macedo de Cavaleiros, em 1941.
Licenciou-se em Filologia Germânica, na Universidade de Coimbra. Foi professor
e animador cultural. Publicou vários volumes de crónicas e de ficção, tendo
ganho o Prémio Círculo de Leitores, o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo
Branco e o Grande Prémio de Literatura DST.
Como
poeta, estreou-se em 1974 com Algures a
Nordeste, a que se seguiram Solo
Arável (1976), Trirreme (1978), Nove Pretextos Tomados de Camões (1980),
Boleto em Constantim (1981), Os Cavalos da Noite (1982), Sabei por onde a Luz (1983), a antologia
Artes Marginais (1998), Desta Água Beberei (1999), O Livro dos Lugares e Outros Poemas
(2000), Como se Bosch Tivesse
Enlouquecido (2003), Douro: Pizzicato
e Chula (2004), Que Comboio é Este
(2005), Antes Que o Rio Seque: Poesia
Reunida (2006), As Têmporas da Cinza
(2008), Arado (2009), Cobra-d’Água (2011) e Gaveta do Fundo (2013), distinguido com o Prémio Autores SPA
2014 (Melhor Livro de Poesia). Pela sua obra poética além deste, foram-lhe
atribuídos também os prémios D. Dinis, Luís Miguel Nava e PEN Clube. Está
traduzido em alemão, castelhano e italiano.
A. M. Pires Cabral é uma das vozes mais importantes
da poesia portuguesa contemporânea. Os seus poemas têm, quase sempre, como
temas dominantes, os lugares e a natureza, as gentes e as suas atividades, bem
como os problemas económico-sociais, sentidos, vividos e/ou exaltados, no
interior nordestino. Trata-se, todavia, de uma poesia que não pode ser lida
como rural nem regionalista. A sua qualidade poética e estética, centrada numa
«arte de gritar» muito própria, comedida e aparentemente simples, mesmo quando
irónica e até, por vezes, sarcástica, confere-lhe um estatuto singular, dentro
do nosso panorama poético atual.
Obs. – A nota biobibliográfica, acima reproduzida,
é a que se encontra, na segunda badana de Gaveta
do Fundo (2013, Lisboa, Tinta-da-China), com as atualizações necessárias.
Agradeço ao Poeta a sua preciosa colaboração na
conVocação deste blogue. [DFR]
Boa conquista para o teu blogue, caro David. É um poeta que muito aprecio, pela qualidade e pela exaltação da terra e da gente nordestinas. Como te disse, cumprimentei-o recentemente em S. Martinho d'Anta. Uma curiosidade: despoletaste a temática das salas de espera das clínicas; eu imitei-te e agora é o Pires Cabral a insistir no tema. Telepatia?
ResponderEliminarAquele abraço!