também tu pétala breve
dos meus afetos um dia
perderás o finíssimo vínculo
que ainda viva te mantém
por um fio delicado à coroa
que te sustenta e garante
a glória efémera da beleza
já em botão anunciada
a seu tempo porém
o teu instante também
advirá inexorável
precipitar-te-ás então
imponderável no abismo fatal
da queda apenas sustentada
pelo vento prestimoso que te acolherá
de asas abertas como um pássaro
ferido talvez moribundo
david f. rodrigues
viana, 17-07-2014
Belíssimo e melancólico,fatalmente, este poema nosso de cada dia!
ResponderEliminarMuito obrigado!
EliminarBelíssimo poema. O poema não se explica. É para sorver pelos sentidos do corpo que o entregam à alma que o acolhe embala. Como se faz à nascitura criatura. Depois é a ternura que vai morar na lembrança verde. Porque sempre jovem. Para gostar sempre. Parabéns. Zé Candido
ResponderEliminarMuito obrigado, Zé Cândido! Abraço!
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